Grupo de risco formado por grávidas deve se prevenir; casos de microcefalia aumentam Pertencente à mesma família dos vírus da dengue e da febre chikungunya, o Zika (ZIKAV) é endêmico de alguns países da África e do sudeste da Ásia, e transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. Algumas cidades viveram uma epidemia de dengue no início deste ano, e agora novos casos aparecem, principalmente no Nordeste, mas desta vez tendo como consequência a microcefalia – má formação do crânio de bebês.
O Ministério da Saúde já confirmou a relação do Zika com a microcefalia e investiga uma possível relação com a síndrome de Guillain-Barré - que afeta o sistema nervoso e que pode provocar fraqueza muscular e paralisia de braços, pernas, face e musculatura respiratória.
Segundo o oftalmologista Dr. Thiago Pardo Pizarro, é importante ficar atentyo aos sintomas, que são comuns para várias doenças, e procurar um médico imediatamente para uma avaliação. “a conjuntivite e fotofobia também podem ser sintomas do Zika Vírus. “Febre intermitente, erupções na pele, coceira e dor muscular acometem a pessoa. A conjuntivite e a fotofobia, quando associadas a outros sintomas pode ser indicativo de Zika Virus. Porém somente após os exames é que será possível confirmar o quadro. Entretanto, a evolução da doença costuma ser benigna e os sintomas geralmente desaparecem espontaneamente em um período de 3 a 7 dias”, explica.
Contudo, no caso de mulheres grávidas, existem a associação com a microcefalia, com o número de casos em estados do Nordeste aumentar significativamente no último mês, o que tem preocupado as autoridades.
O vírus ZIKV não é transmitido de pessoa para pessoa. O contágio se dá pelo mosquito que, após picar alguém contaminado, pode transportar o ZIKV durante toda a sua vida, transmitindo a doença para uma população que não possui anticorpos contra ele. “O mais crucial é que cada pessoa cuide do seu quintal para evitar novos focos da doença, pois o combate ao mosquito é a melhor forma de evitá-lo. A água parada é o criadouro das larvas, e por isso cada um deve fazer a sua parte”, ressalta o médico.
Usar repelente, tomar cuidado com os horários de pico (amanhecer e entardecer), usar roupas que protejam o corpo e permanecer em locais com telas ou mosquiteiros são algumas medidas para evitar o mosquito.
Ao menor sinal ou aparecimento de algum dos sintomas, é fundamental procurar um médico.